sábado, 10 de julho de 2010

Logo da Copa, Chico Xavier, Designers Magoados e outras coisas...

Sempre que acontece uma escolha ou mudança de logomarca para um grande evento ou grande empresa aqui no Brasil, o falatório acontece. Os motivos variam, às vezes são justos, às vezes não, as reclamações variam, às vezes são bem fundamentadas, outras são pura implicância, mas em comum a todas essas situações, é o falatório, que sempre acompanha o lançamento dessas marcas.

Aconteceu com a marca dos 500 anos do Brasil...




Aconteceu com a famigerada mudança de nome da Petrobras para PetrobraX, quem lembra? Se bem que nesse caso o buraco foi muito mais embaixo e muito mais além do que o mérito da logo ser boa ou não, mas ainda assim vale menção:




Aconteceu com as logos propostas para as candidaturas às olimpíadas, e ao Pan-Americano...






Em alguns casos, é jogado na lama o nome do autor da marca escolhida, por não ser talvez um profissional de renome no mercado. Em outros casos, é até um profissional de renome no mercado, mas é fruto de algum escritório de arquitetura ou alguém considerado um "não-designer". Acaba o produto final sendo alvo de toda uma torrente de reclamações que vão de críticas justas e bem fundamentadas da parte de alguns profissionais, a um interminável e sentimental mimimi de outros.
Em outros casos, há uma patente falta de comprometimento com a qualidade do produto final, como no caso (amplamente discutido à época) da marca da Nova CEDAE... que nem criada por profissionais da área foi.


Na maioria desses casos, o que determina mesmo como tudo acontece é a politicagem que está por trás de todos esses eventos. Por mais bem organizado que seja o evento, qualquer uma dessas escolhas polêmicas esbarrou em política pura em algum momento, talvez por isso realmente a discussão se torne irrelevante no fim. Se ficou bom, se ficou ruim, não importa mesmo, porque as forças ocultas que decidem isso estão além da nossa esfera. Além até mesmo da esfera de qualquer organização que represente as classes profissionais que normalmente são escolhidas para tomar a frente desse tipo de projeto de criação.

Em tempo, quanto à logo em questão, a da copa de 2014, já vi melhores, e já vi piores. Pessoalmente não gostei muito. Mas pra CBF, pra Ricardo Teixeira, sendo escolhida por um júri de "personalidades do meio artístico" até que poderia ser pior.


Se alguém quiser saber o porquê do Chico Xavier mais lá em cima... Bom... aí vai. Tirem suas próprias conclusões...


quinta-feira, 1 de julho de 2010

Hoje eu vou mudar... Pensando bem, se fosse fácil assim!!!


 Quando eu soube que ia ter que me mudar, procurei encarar o processo da mesma forma que outras situações-limite que tive no passado. Nessas horas, sou agradecido por ter conseguido aprender a misturar duas coisas aparentemente incompatíveis... Uma racionalidade natural bem focada, que me impede de perder tempo com divagações e coisas que não vão ajudar a completar meu objetivo, e uma capacidade forte (essa aprendida) de acreditar na sorte, na boa estrela, nas boas vibrações.

Munido dessa mistura de "vamos direto ao ponto" com "tenho certeza que vai dar certo no fim", lá fui eu procurar uma nova sede pro Cafofo do Osama. A sorte começou a agir logo aí, porque a coisa foi difícil. Precisei de toda essa determinação e mais um pouco até. Passei o mês todo procurando, mas já sabia da dificuldade que era encontrar um lugar pra morar por um preço razoável numa cidade com um dos mercados imobiliários mais mafiosos do país.

No meu bairro eu já sabia que seria praticamente impossível encontrar, pois o imóvel em que residia estava com o valor do aluguel bastante defasado. Em 10 anos morando no mesmo prédio, o valor dos aluguéis e dos próprios imóveis no bairro sofreu um aumento especulativo muito grande, sem que o Bairro tenha recebido qualquer incremento que justificasse tanto aumento. Os arranjos entre a prefeitura e as imobiliárias, a indiscriminada construção de prédios cada vez mais altos, enfim... Se eu quisesse continuar morando por perto iria ter que pagar entre 50% e 100% a mais para morar em um apartamento com características semelhantes ao atual. Nem preciso dizer que não rola, certo?

Mesmo assim, na procura, tentei achar alguma coisa no bairro, corri alguns prédios antigos e de poucos andares, semelhantes ao meu, onde a probabilidade de encontrar algum imóvel parecido seria maior. Imprimi alguns cartões com meus contatos, do tipo "procuro imóvel" e deixei em quadros de avisos de vários prédios. Fiz o mesmo através de um website de anúncios gratuitos. E paralelamente, contatei todo mundo que conhecia que pudesse conhecer alguém de imobiliárias, que pudesse indicar alguma inside information, enfim... networking total mesmo. Espalhei a notícia que estava procurando. Uma tia minha que também mora em Niterói foi gentilíssima em ver com o pessoal que ela conhece, no prédio dela que é bem grande, enfim... Munido dessas armas, achei que não iria demorar muito a aparecer alguma coisa.

Achei. Mas demorou. O mês de maio foi passando, e poucas coisas apareceram. Fui ver alguns poucos imóveis, sendo que nenhum deles agradou. Mas continuei o networking, continuei com o processo de toda quarta e todo domingo comprar o jornal, pois são os dias de maior quantidade de classificados de imóveis.

Eu ainda não sabia, mas esse ritmo relativamente lento e (digamos "inocente") de procura, correu por todo o mês de junho também. Até que no fim de junho, recomeçaram as pressões por parte dos proprietários do apartamento. Eu precisava acelerar o processo, mas não queria abrir mão de certos parâmetros na minha procura. O suspense aumentava. Teria eu que sair com as coisas "na cabeça"? Teria eu que ir pra qualquer armazém até encontrar algum lugar melhor? Teria eu que desistir de morar em Niterói e voltar pra Petrópolis de maneira emergencial? Nuvens negras aparecendo no horizonte, e o stress se acumulando.

 Continua mais pra frente.